sábado, 17 de abril de 2010

O relógio :B





























As oito horas começa o meu dia, mas para o relógio começou muito antes. Todo dia e toda hora ele é nosso prisioneiro, vive em função de mostrar-nos a hora e nada mais. E se ele um dia se cansar? Não há porque se preocupar. Lá ele sempre vai estar. Na parede, no pulso, na prateleira e até na banheira. Trabalhando sempre sem reclamar e sem parar. Será que ele sonha com a liberdade, ou faz tudo isso de boa vontade? Às vezes ele deve descansar e quando ninguém está olhando ele deve aproveitar para cochilar. Contudo, somos dependentes do tic-tac desse pequeno objeto. Ele, praticamente, nos diz o que temos que fazer e onde devemos estar.
As oito horas começa o meu dia, mas para o relógio nem terminou o de ontem e ele já emendou no hoje. Ele vive preso no passado só esperando o futuro chegar.
As oito horas começa o meu dia, mas para o relógio começou muito antes. Todo dia e toda hora ele é nosso prisioneiro. Ou será que é ele que nos prende?

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