domingo, 3 de maio de 2015

Para aquele que não irá ler uma linha sequer desse desabafo

"E no final, minha maior prova de amor foi não te dizer nada, aceitar o silêncio e tentar ser indiferente, aliás, a falsa indiferença e isso eu confesso: realmente é triste. Tive que engolir na ardência de uma dose de tequila que meus desejos tinham que ficar escondidos mesmo quando a verdade queria vir a tona. Minha maior declaração de amor foi aceitar a distância que você impôs [...]. E eu contando cada minuto, sofrendo a cada segundo e lutando para esse tempo não me matar. Mas tive amor próprio e segurei na pele para não te contar nada disso, e resolvi nunca mais te procurar só para você achar que fui eu quem resolveu ir embora. E no final, às vezes a maior prova de amor é não dizer nada mesmo."
 Paulo Rubira Jr.



Gostaria de dizer que lembrei dele quando li esse texto, mas a verdade é que nunca deixei de pensar nesse cara que surgiu de repente e sumiu da mesma forma. Desde então tento entender toda essa situação, perdi noites de sono - o que me aconteceu raríssimas vezes -, perdi a vontade de sair e a vontade de seguir. Fiquei presa nessa ideia absurda de tentar entender o porquê dele ter sumido e, eu juro, não consigo encontrar motivos. Sei de toda aquela ladainha que falam sobre se valorizar, superar, cuidar do jardim e blá blá blá. E, acreditem, sou boa nisso. O problema é não saber o bendito motivo. Se soubesse, já estaria sorrindo e pronta pra outra.
Eu não sei o que acontece comigo, mas essas pessoas que menos tempo ficam, são as que mais deixam rastros em mim. Não me fazem chorar mais, mas me intrigam e tomam conta do meu pensamento por mais tempo que se fizeram presentes. Não sofro por elas, sou torturada por mim e pelo meu vício em entender.
Entrou na minha vida, me fez promessas que não precisavam ser feitas e num piscar de olhos não estava mais lá. Tudo bem ir embora, mas, por favor, tenha a decência de ter uma conversa, por mais curta que seja, para me deixar ciente de que está indo. Agora, deixar essa incerteza se vai voltar ou não... Isso não se faz com ninguém. Ou, pelo menos, não com alguém com quem você planejava um futuro. "Ei, mudei meus planos. Lembra daquele compromisso para daqui a dois meses? Então, esquece. E quando eu disse que você seria a minha mulher? Hahaha Pois é, não vai mais rolar nada disso." . Um ponto final, um esclarecimento, algo mais digno que deixar de mandar SMS, mensagens no whatsapp, não ligar mais e apenas sumir. Que geração é essa que num dia chama de "meu amor", faz cenas de ciúmes e no outro dia finge que a pessoa não existe? Sério, quero entender. 
Sei que vou superar, como todas as outras vezes, mas HOJE eu ainda espero ser surpreendida por ele, vindo cumprir tudo que prometeu e que, na época, me assustou por parecer tão precipitado.  Mas hoje me parece tão conveniente. Um conveniente que me agrada e que eu queria, queria muito. 


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